terça-feira, 19 de março de 2024

 

O 25 DE ABRIL NÃO MERECE ISTO


O resultado destas eleições é uma afronta ao 25 de Abril. Este acontecimento maior da nossa história recente, foi conseguido à custa de muito sofrimento e de muita heroicidade de milhares de portugueses e portuguesas. Foram 48 anos de perseguições, prisões, torturas atrozes, humilhações e de mortes. Culminando gloriosamente, com o golpe dos Capitães de abril. O Movimento das Forças Armadas (MFA).

Sabemos que o resultado do partido da extrema direita, contrário aos ideais do 25 de Abril, supomos, ninguém previa de tal dimensão, é fruto principalmente do descontentamento, da crescente desilusão, com as políticas dos governos do PSD e dos mais recentes do PS. Aliás, o crescimento dos partidos congéneres por essa Europa fora e não só, o principal motivo , é o mesmo. A desilusão com os partidos do centrão, ditos socialistas, social democratas ou democratas cristãos, subordinados ao grande capital. Mas depois a resposta, no nosso caso concreto que evidentemente é o que conhecemos melhor, fruto da manipulação dos principais media e da ignorância, foi a pior possível. O partido que se diz contra o sistema mas cujo líder é filho dele (ex militante do PSD), agrava-o e torna-o ainda mais injusto ao subir de 12 para 48 deputados enquanto o principal partido (coligação) da oposição, passa de 6 para 4.

Além disso, os mais de 1 milhão tinham ainda outras hipóteses; o BE, o PAN, o Livre, ou até a abstenção. Mas não, votaram contra eles próprios, contra o povo. Queriam muito justamente melhores condições de vida e estabilidade, vão, vamos, ter ainda mais injustiças e instabilidade.

Claro que as condições para termos uma sociedade bem mais justa, estão agora mais difíceis, mas os democratas, as forças progressistas, não vão cruzar os braços e a luta vai continuar.

As comemorações do 50º aniversário do 25 de Abrir e do próximo 1º de Maio, irão demonstrar que os trabalhadores e o povo em geral, estão com os ideais progressistas daquela data libertadora.

Um passo atrás, não significa que o caminho do futuro seja adiado. Viemos da escravatura, passámos ao feudalismo, e o capitalismo também será ultrapassado, rumo ao socialismo. O autêntico. Não o que os partidos com essa designação, socialistas ou trabalhistas, têm feito. Daí a desilusão dos povos e o aparecimento oportunista de partidos populistas, xenófobos e racistas com o Chega.

Só o esclarecimento e a luta determinarão esse futuro. Muitos dos que votaram agora erradamente, que foram atrás do canto de sereia, juntar-se-ão aos que continuam a bater-se por ele.

O futuro será de mais justiça social e de paz. Os ideais do 25 de Abril, cumprir-se-ão.

Que outro caminho nos aponta a dignidade, a justiça social e a paz?

A unidade e a força do povo sempre foram e continuarão a ser o motor da história. O progresso, a história da libertação dos povos, tem avanços e recuos. Pode ser lento, mas é irreversível.

Como disse Ary, “Ninguém mais cerra as portas que Abril abriu.”

Nada de desânimos.

A luta continua!

Francisco Ramalho


Publicado hoje no jornal O Setubalense



Marcelo, um presidente de fação

«Serei o presidente de todos os portugueses», disse o presidente da República após ter vencido as duas eleições. Nunca foi nem é. Durante o primeiro mandato pareceu um malabarista/contorcionista dando uma no cravo e outra na ferradura, já que, o governo do PS, apesar de contrário à sua cor política, estava a roubar o programa político do seu, PSD. Esperou sempre uma oportunidade para entregar o poder à direita. Fê-lo com competência e até se substituiu à sua fação como oposição, muitas vezes. Teve dois pesos e duas medidas para o mesmo problema. Cá dissolveu a Assembleia da República, em nome do «Povo é quem mais ordena», (na prática não manda nada!), dizendo que era para «clarificar» e para «estabilizar»... a estabilização é para os seus correligionários e para os interesses económicos, que representam. Na Madeira, uma situação idêntica, porque o presidente do governo regional da Madeira é PSD, fez vista grossa. Na ânsia de colocar o seu PSD, no poder abriu portas à extrema-direita, ficando ligado ao avanço do Chega fascista! A História não o absolverá!

segunda-feira, 18 de março de 2024

GOVERNO DO PS COM MAIORIA ABSOLUTA


 A partir de Março de 2005, tivemos o primeiro governo do PS chefiado por José Sócrates, com maioria absoluta na Assembleia da República, com 121 deputados, que cumpriria a legislatura até 2009. O Ministro dos Negócios Estrangeiros era Freitas do Amaral, fundador do CDS. O Ministro do Trabalho foi Vieira da Silva, que desenvolveu favoravelmente ao patronato, nomeadamente com a introdução da caducidade na contratação colectiva, o código do trabalho criado em 2003 por Bagão Félix, ministro do governo do PSD/CDS. De Janeiro a Junho de 2005 venderam-se 1600 carros descapotáveis, mais 10% do que no mesmo período de 2004. A nível internacional, morreu o Papa João Paulo II e o projecto de constituição europeia é rejeitado em referendo na Holanda.

sábado, 16 de março de 2024

Maravilhas do Lima

 

 

AVENIDA DOS PLÁTANOS

 

Não tem carros este belo “boulevard”

A que dá mais encanto o rio Lima

Com canoas abaixo e acima

Deslizando com atletas a treinar.

 

Quem há por aí que possa não gostar

Desta luxuriante maravilha

Local de repouso da nossa vila

Para quem queira a beleza desfrutar...

 

E mesmo que lhe ponham outros nomes

Este que lhe ficou pelos costumes

É o que define o que a gente sente;

 

Avenida dos Plátanos se mantém

E se alguém disser que não lhe fica bem

É só para contrariar a gente...

 

Amândio G. Martins

 

sexta-feira, 15 de março de 2024

Paulo Rangel e o "bota-abaixo

 

Vi respigos de uma entrevista do histriónico Rangel à RTP, no dia seguinte à mesma ter acontecido, e não me surpreendeu nada a desfaçatez do sujeito, quando se referiu ao próximo líder da Oposição, dizendo que esperava de Pedro Nuno Santos que não enveredasse por um processo de bota-abaixo; na verdade, eu também concordo com esse princípio, que um líder da Oposição, até para ganhar o respeito da gente, deve cumprir a sua função com responsabilidade, apoiando o que estiver bem e denunciando e propondo soluções no que lhe pareça contrário ao bem-estar geral, só que não foi nada disso que o partido de Rangel fez com os governos de António Costa, classificando abaixo de zero o que foi um trabalho notável, se for tido em conta o  complexo contexto em que governou.

 

De facto, tamanha era a fome de poder, que toda e qualquer notícia, por mais especulativa que aparentasse ser, se lhes pudesse dar  alguns argumentos para atacar o governo, era logo cavalgada por Rangel, toda a liderança e deputados, para pedir a demissão imediata da figura apontada como alvo de investigação - ignorando os seus próprios telhados de vidro -  sem dar tempo para a pessoa se defender, nem esperar para ver se haveria ou não motivos para tal; mas agora, embora nunca o tenham sido, já apelam a uma oposição responsável, sabendo que terão de trabalhar, se conseguirem formar governo, em cima de um braseiro permanente...

 

Amândio G. Martins

quinta-feira, 14 de março de 2024

Viva a justíssima greve das(os) Jornalistas

Felisbela Lopes, há tempo, escreveu um livro: 'JORNALISTA - profissão ameaçada', com chancela da ALETHEIA EDITORES, cujo título é elucidativo. Escrita feliz e bela, a ler, pois claro! Há 42 anos, os Jornalistas não faziam greve. De então para cá esteve tudo bem? Não... A luta contra a precariedade, a pressão exercida nas redações que conduz ao esgotamento sem apoio psicológico, (excepto um título), o trabalho a sobrepor-se avassaladoramente à vida privada e familiar, a má remuneração e ausência dela nas horas extras e, por aí fora fazem desta justíssima greve a exigência de tudo o que é dos Jornalistas - por direito próprio. Sei do que escrevo, por relatos de camaradas Jornalistas, por ter presenciado num jornal regional, onde dei milhares de carateres, e não havendo dinheiro para quem fazia o semanário, ocorre-me, um antigo Jornalista comer pão com dentes por estar há meses sem receber salário(!), mas houve sempre dinheiro para distribuir pelos acionistas... e, ainda: estando no Jornal de Notícias, há anos, pelo despedimento de Jornalistas, comovi-me. As minhas íris banharam-se com as águas do Douro. Uma camarada Jornalista aflita abeirou-se: - sente-se mal?! Vou buscar um copo com água. - Espere p.f., despedimentos porquê? - Não há dinheiro. Retorqui: Também vão «despedir» os acionistas? O meu amor pelas palavras, que são estrelas, é imensurável, daí... Aos imperadores do papel e do papel moeda, detentores dos títulos da imprensa - não matem o Jornalismo! Caminhamos para «amanhã» não haver professores... e os jovens estudantes pré-académicos, que futuro lhes quererão dar? Auscultação larga neste segmento refutam ser futuros Jornalistas... A grave crise na Global Média teve o condão de fazer espoletar estas justas manifestações\reivindicações de quem faz jornais\revistas. Quanto mais os agentes fautores da imprensa estiverem satisfeito no geral, mais os jornais ganham.... E mais vendem! Um jornalismo quer-se livre, independente e de qualidade, como se lê nos Editoriais, não é compaginável com os graves défices, que os Jornalistas sublinham. Esta profissão tem de voltar a ser nobre, respeitada e credível. Viva a imprensa!

 

UM CONTEXTO DIFÍCIL E MUITO PERIGOSO


Embora os resultados eleitorais, a reação dos principais protagonistas e as potenciais consequências desestabilizadoras do disparo do partido da extrema direita, estejam ainda na ordem do dia, não me pronunciarei ainda pormenorizadamente sobre o assunto.

Vou tentar resumir o contexto em que se realizaram e as perspetivas que, Como se sabe, não são nada animadoras.

No plano nacional, direi apenas, creio ser consensual, a incerteza e a preocupação são patentes. Mas também a certeza de que os democratas, as forças progressistas, saberão entender-se e rechaçar os efeitos da demagogia, do populismo, da regressão civilizacional que representa o referido partido.

Internacionalmente, a situação é ainda mais preocupante. Com destaque para as guerras da Palestina e da Ucrânia.

A primeira,cuja origem tem mais de 50 anos, transformou-se numa horrorosa catástrofe. Num massacre impensável depois do holocausto nazi. Aliás, como a comparou, e bem, Lula da Silva. Um exemplo entre os seus pares social-democratas. Catástrofe, diga-se, que atingiu a barbaridade e dimensão que atingiu, devido ao apoio que tem tido dos EUA e da benevolência da UE.

Em relação à da Ucrânia, a preocupação não é menor. Antes pelo contrário. A Ucrânia é o campo de batalha, e o seu povo, principalmente as forças armadas, carne para canhão. E para a comunicação social dominante do Ocidente, manipulando a opinião pública e justificando a guerra e a sua previsível intensificação e persistência, Putin e a Rússia, são os únicos culpados.

Omite as promessas feitas depois da queda da União Soviética e da dissolução do Pacto de Varsóvia, que a NATO não avançaria para junto das suas fronteiras, omite o comportamento do Governo da Ucrânia na dissolução de todos os partidos da oposição (11) e de sindicatos, omitiu e omite, os ataques contra eles, como o incêndio à casa dos Sindicatos de Odessa em que morreram queimados ou em fuga, cerca de 50 de sindicalistas, omite os ataques do exército ucraniano à população do Bonbass por reclamar o direito à sua língua (russo), cultura, e ao desejo de autodeterminação, omite o não cumprimento dos Acordos de Minsk que solucionavam o que restava resolver. Recorde-se que Ângela Merkel, confessou mesmo que o seu protelamento servia para que a Ucrânia se armasse. A armassem.

Ou seja, não lhes bastou a dissolução da União Soviética e o regresso do capitalismo. O que lhes convinha e convém mesmo, seria, será, retalhá-la, como fizeram com a Jugoslávia, ou colocar lá um governo “colaborador”. Colaboracionista. Como o da Ucrânia. Daí, a corrida aos armamentos e a continuação da guerra.

Imperioso é a paz. E relações normais entre todos os países da Europa e não só, incluindo, evidentemente, a Rússia. Só isso interessa aos povos. A guerra interessa aos que visam a hegemonia mundial, e ao complexo militar-industrial do armamento. Esta, entre potências nucleares, pode ter um fim trágico não só para a Europa, também para grande parte da humanidade.

Francisco Ramalho


Publicado, quarta, 13, no jornal O Setubalense






terça-feira, 12 de março de 2024

Um presidente experimentalista

 

Quando havia no Parlamento maioria suficiente para apoiar um governo para concluír a legislatura, para o que o partido maioritário tinha soluções, o “supremo magistrado” não resistiu à pressão partidária e mediática, sobretudo à da sua gente, e dissolveu aquilo tudo; se o que pretendia era ter um final de mandato sossegado, com o seu partido apaziguado à sua volta, saíu-lhe o tiro para trás, porque o que resultou das eleições promete ser tudo menos estabilidade - dado o crescimento absurdo dos monstros da extrema-direita - mesmo que o líder da coligação vencedora mantenha a palavra e não aceite formar governo com os nazis, porque a pressão interna há-de ser tão forte que não terá outro remédio, ou acabará substituído, embora o que venha a ser designado para negociar com a “canzoada” também não deva ir longe.

 

Do lado esquerdo, quando os génios todos ansiavam por uma hecatombe socialista, tão desnorteada tinha sido a sua governação, verifica-se que saem da contenda bem vivos e com ânimo reforçado; das restantes agremiações, o partido comunista faz lembrar a tragédia do titanic, cuja orquestra residente continuava a tocar impávida enquanto tudo afundava, com a agravante de, neste caso, atribuírem ao povo “burro” a sua desgraça, só porque esse povo há muito percebeu que nada de bom lhe poderá vir de tão irrecuperável velharia...

 

Amândio G. Martins

 

 

 

 

segunda-feira, 11 de março de 2024

Empobrecimento sem resposta e Marcelo ligados no avanço do Chega fascista!

Através duma campanha, sobretudo, balizada no medo, contra o Chega fascista, o PS obteve uma maioria absoluta - imprestável para melhorar as condições de vida dos empobrecidos portugueses e, que, muitos, muitos destes sem consciência política fizeram subir eleitoralmente aquele partido. Marcelo, na ânsia de recolocar, o seu PSD, no poder, esteve mal ao dissolver o Parlamento, onde havia uma maioria absoluta. Previsivelmente, não sendo parvo, sabia que quando convocasse eleições este anunciado resultado não era mera hipótese....Assim, o constitucionalista presidente da República, historicamente, fica manchado com nódoa indelével, pelo avanço do racista, xenófobo e inconstitucional, Chega. Há dias, pasme-se!, disse que Montenegro, governaria com ou sem maioria(!). Até, no dia da reflexão (já anacrónica), interferiu, dizendo que, Pedro Nuno Santos, caso ganhasse a sua governação teria margem curta, não sendo previsível, sequer, que houvesse uma maioria à esquerda.... Ainda se alongou em mais parciais considerações, sabendo nós qual a sua direcção... a «independência» de Marcelo foi/é dependente para escancarar portas ao seu PSD, agora transvestido em AD. Marcelo, burguês e democrata reciclado é um finório espertalhão!

 

ESTE POVO ADORA SOFRER


Cito mais uma vez Guerra Junqueiro: “Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio”. Pelo menos mais de 1 milhão.

O vendedor de banha da cobra, passa de 12 para 48deputados. O principal partido (coligação) da oposição, passa de 6 para 4.

Está tudo dito!

Para ser sincero mesmo, acabei por ficar surpreendido. Não pensei que Guerra Junqueiro estivesse tão atualizado.

Se a recauchutada AD mantiver a palavra e não der a mão ao vendedor de banha da cobra, o Orçamento de Estado não será aprovado e teremos eleições daqui a mais ou menos 1 ano.

Portanto, foi isto que fizeram mais de 1 milhão de imbecis.

Depois veremos se aparecem ainda mais.

É esta a estabilidade que teremos.

A luta continua!

Francisco Ramalho


sábado, 9 de março de 2024

 

AMANHÃ VOLTAMOS A FAZER O QUE NUNCA FIZEMOS ANTES DO 25 de ABRIL


O voto livre e universal para homens e mulheres foi consagrado pelo e apenas depois do 25 de Abril. Mesmo antes desses 48 anos de ditadura, ele não existia. Votavam apenas os homens de maior idade que soubessem ler e escrever (uma minoria).
Portanto, este foi um fruto do 25 de Abril. A somar a tantos outros. Fundamentais. Como a Liberdade. Liberdade de expressão, de reunião, sindical e política.

O 25 de Abril, criou também condições para uma sociedade mais justa e com direitos. O fim da Guerra Colonial,

As privatizações, a Reforma Agrária, as Comissões de Trabalhadores e de Moradores, a possibilidade de se constituírem cooperativas, etc. Foram algumas das bases para essa sociedade diferente e melhor.

Se passados 50 anos muito disso se perdeu e se continuamos a ter uma sociedade com grandes assimetrias, a culpa não foi nem é do 25 de Abril e dos seus ideais.

A culpa foi dos que com ele nunca estiveram de alma e coração. Estiveram mais a pensar na carteira. Com isso, desiludindo o povo. Condicionando-o, manipulando-o com a sua comunicação social.

Mas, apesar de tudo, o 25 de Abril valeu a pena e os seus ideais jamais morrerão.

Não quero que me acusem de estar aqui a fazer propaganda no dia da reflexão e até porque tenho de ir tratar do almoço. Mas, não se esqueçam de amanhã darem o seu contributo para revigorar Abril, votando em quem sempre se bateu por ele. Antes e depois. E que haveria de culminar com o golpe dos Capitães de Abril. O Movimento das Forças Armadas (MFA).

Portanto, todos às urnas amanhã! E votem bem.

Francisco Ramalho







Dia de reflexão - dizem...

 

ELEIÇÕES

 

Cá estamos mais uma vez em eleições

Andaram no país os salvadores

Garantindo que vão pôr fim às dores

De quem vive em miseráveis condições.

 

Alguns deles são rodados aldrabões

Totalmente despidos de pudores

E tão destituídos de valores

Que impingem mentiras como soluções.

 

Mais uma vez vamos votar convictos

De vislumbrar um “senhor dos aflitos”

Por entre os videirinhos conhecidos;

 

Tendo acabado a campanha festiva

Os que sonharam melhorar a vida

Vão juntar-se aos milhões de deprimidos...

 

Amândio G. Martins

 

 

sexta-feira, 8 de março de 2024

Na insignificância de um só dia

 

BRILHANTE

 

Elizabeth Duval é escutada

Por ser uma jovem estudiosa

E ter opinião judiciosa

Sabendo destacar-se da manada.

 

Inteligente e muito admirada

Onde intervém é sempre corajosa

Palavra serena mas vigorosa

Na defesa da pessoa humilhada.

 

É madrilena de “Alcalá de Henares”

Mas bem cedo procurou outros ares

Para enriquecer a sua formação;

 

Transgénero desde os verdes treze anos

Atormenta sagrados e profanos

Que apontem quem é diferente à exclusão.

 

Amândio G. Martins

 

quinta-feira, 7 de março de 2024

no DIA INTERNACIONAL DA MULHER


 

Em eleições não pode valer tudo

O partido para-fascista Chega, pela voz de André Ventura disse que tinha o compromisso pessoal de «forças vivas» do PSD, («forças vivas», lembra o bafiento mofo salazarista), em apoiar uma aliança com o partido dele. Dos citados que o desmentiram, através da Comunicação Social, só um cinzento e medíocre barão, daquele partido, se comprometeu. O burlesco aliado à insanidade mental deste desventurado, que mente grosseira e compulsivamente, só os sem cautela, osiletrados, os de pouca escolaridade, analfabetos políticos e do lumpen do proletariado, sobretudo, é que aceitam a sua arenga e embarcam na exponenciada demagogia. Daí, que o ridículo muitas vezes mata! Grita ate à overdose que é contra as elites mas, sendo um competente defensor destas, porque também o financiam, e bem, não consegue esconder o quanto as idolatra, já que lhe convém... Nos 50 anos do 25 de Abril e do PREC, o fascismo, além de não ter acabado, continua a levantar a voz - também salazarista...