quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Ecos de um pobre coração recordando sua Mãe


Com uma flor na lapela
E outra lançada ao chão
Tenho levado a vida
Na maior desilusão.

Não sei dizer, então,
Esta angústia que sinto:
Se me levantar do chão
Ou ficar caído no recinto.

Longe da pedra de ara
Que me viu baptizar
Nunca fui peça rara
Para se pôr no altar.

Toda a Mãe pinta o mundo de cor
E dá amor com tudo que seu ser contém;
Se metade de si é puro e doce amor
A sua outra metade é-o também.


José Amaral

Todos juntos venceremos


Eis mais uma arruada
Vocábulo que já vingou
Numa grande trapalhada
Que algo de bom levou.

Uns prometem grandes coisas
Outros mentem sem cessar
Baralhando coisas e loisas
Ninguém sabe em quem votar.

Votar nos mesmos, não dá!
Gritas tu, e o que faremos?
Não te canses, vota já!
Todos juntos venceremos!


José Amaral

DESERDADOS

                                  800 MILHÕES SEM CASA DIGNA
Favelas, bairos de lata, barracas, são palavras que servem para falar de habitações precárias e degradadas que povoam as periferias das grandes cidades em todo o mundo. Um relatório recente sobre o estado das cidades é arrasador para os governos de quase todos os países.
São 800 milhões as pessoas que vivem nesta situação. E se há que louvar o facto de alguns governos terem reduzido este tipo de habitações, é lamentável que, nos últimos dez anos, o número de residentes em habitações sem condições tenha aumentado 60 milhões, números que deviam abalar a consciência da humanidade.
O estudo considera inaceitável uma tal situação, até porque os indicadores apontam para um crescimento urbano mais rápido que a taxa de melhoria das condições  dos bairros de lata. E se os números actuais são preocupantes, bem mais alarmante é a projecção que o relatório aponta. A manter-se o actual estado de coisas, estima-se que, em 2020, os habitantes dos bairros degradados atingirão os 890 milhões.
                                           …///…
Valha-nos a poesia de Fernando Pessoa:

Ah, quanta vez, na hora suave
Em que me esqueço,
Vejo passar um voo de ave
E me entristeço!
Porque é ligeiro, leve, certo
No ar de amavio?
Porque vai sob o céu aberto
Sem um desvio?
Porque ter asas simboliza
A liberdade
Que a vida nega e a alma precisa?
Sei que me invade
Um horror de me ter que cobre
Como uma cheia
Meu coração, e entorna sobre
Minha alma alheia
Um desejo, não de ser ave,
Mas de poder
Ter não sei quê do voo suave
Dentro em meu ser.

 Transcrito por Amândio G. Martins


30 DE SETEMBRO DE 1974 -. DOIS FACTOS HISTÓRICOS

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30 de Setembro de 1974 - O General António de Spínola renuncia ao cargo de Presidente da República.







No mesmo dia 30 de Setembro de 1974 - O General Francisco Costa Gomes, assume a Presidência da República.

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Dois facto históricos marcaram este dia 30 de Setembro de 1974. Após a tentativa falhada de golpe apelidada maioria silenciosa, ocorrida a 28 de Setembro de 1974, António de Spínola que desde de 15 de Maio de 1974, ocupava a Presidência da República Portuguesa, renuncia ao cargo e é substituído pelo General Costa Gomes, que devido à demissão do General António de Spínola, Francisco Costa Gomes, assume a Presidência da República, por indicação da Junta de Salvação Nacional, tendo ido o décimo-quinto Presidente da República Portuguesa, o segundo após a Revolução dos Cravos, onde esteve na Presidência da República de 30 de Setembro de 1974 a 13 de Julho de 1976.



terça-feira, 29 de setembro de 2015

A reencarnação do conde d'Abranhos


         A campanha eleitoral em curso está a confirmar que o dr Passos é a reencarnação do conde d’Abranhos do Eça.
         A mistificação das estatísticas, a austeridade para além a troika que atrasaram Portugal 15 anos, as trombetas que ecoam o excelente desempenho do governo que continua a renegar o brutal saque fiscal, as falinhas mansas e os demagógicos apelos ao consenso para a segurança social de quem nos últimos quatro anos não quis consenso com ninguém, a absoluta ignorância quando fala em pagamento antecipado ao FMI, quando se trata da amortização de dívida pública comum, são alguns dos exemplos que atestam a reencarnação do conde mais famoso do admirável escritor.
          “O conde d’Abranhos” é uma genial e mordaz ironia à ignorância e à hipocrisia dominante na política, nos finais do século 19.
         O narrador, o secretário pessoal Zagalo, que serviu o conde durante 15 anos conta que este ficou célebre com a tirada na Câmara dos Deputados, sobre Moçambique: “Que ficava a ocidente de África”. Corrigido, saiu-lhe esta brilhante subtileza, “a ocidente ou oriente, a latitude não altera a substância e a justeza das minhas propostas”.
          Contemporâneo da revolução de Maria da Fonte, o Conde d’Abranhos comparou o povo a um elefante e o elefante a uma criança e saiu-lhe esta iluminada pérola: “Para que há-de ser combatido um monstro invencível se é tão simples iludi-lo”, e acrescentou ”os governos democráticos conseguem tudo, com mais segurança e admiração da plebe, dizendo com doçura, por aqui se fazem favor, acreditem que é o bom caminho, assim o povo amolece na indiferença e assim podemos exercer a soberania em proveito próprio”.
         Na campanha eleitoral o dr Passos que tem fugido ao contacto com os eleitores como o diabo foge da cruz, tem evidenciado um estilo de política a metro, onde continua a omitir o desespero de um milhão de desempregados e a eliminar esperança do regresso de 400 mil emigrantes a quem aconselhou a sair da zona de conforto.
          Sem programa para recuperar o país do buraco económico e financeiro onde o meteu, persiste no sacudir da água do capote com os lesados do BES, quer continuar a navegar à deriva, sem rumo e sem bússola, um mar de austeridade sem fim e a falar de um Portugal virtual, que só existe nos seus jogos neoliberais de playstation.     
         A campanha eleitoral está a confirmar em absoluto que o conde d’Abranhos do Eça reencarnou no dr. Passos.

Carlos Pernes

Agora é que é

Segunda-feira, 05.10.2015
Querido Diário:
O novo Governo, da Frente de Esquerda (como conseguiram unir-se?), vai ter muito o que fazer. Adivinham-se os trabalhos hercúleos que esta nova gente vai ter de desempenhar para colar tantos cacos, rectificar tanta asneira, reparar tanta injustiça que outros por aí semearam durante 4 penosos anos. Abençoadamente, a recente viragem na orientação geral da política europeia, sobretudo por impulso alemão, vai ajudar bastante à resolução dos problemas. A mudança de que a sra. Merkel deu mostras aquando da inspirada resolução definitiva do problema dos refugiados, de que hoje, felizmente, já ninguém fala, e o mimetismo que atacou o sr. Schäuble em relação ao “saudoso” Vítor Gaspar na carta de demissão, foram os “penalties” decisivos. A propósito, teria contribuído para a sua renúncia aquela humilhação nacional que os alemães averbaram via Volkswagen?
Espero que o novo Governo combata com firmeza as desigualdades, deixe de estigmatizar a gestão privada só porque o é, trate os bancos como empresas que exigem mais (e não menos!) fiscalização e regulação. Que adopte convictamente a ideia de que os pobres e os desempregados não são meros falhados a merecer punição. Que dirija o SNS como serviço admirável e não estorvo para alguns, que procure dotar o País de muita e qualificada gente, portuguesa ou de imigração. Que proporcione a todos, sem subscrições públicas, a possibilidade de recorrerem aos tribunais. Que trate dos idosos sem cortar-lhes nas pensões. Que passe a negociar com os credores em pé de igualdade sem lhes pagar para nos explorarem. Que não se sinta obrigado a comprar-lhes submarinos, com ou sem luvas de pelica. Bendita hecatombe eleitoral de ontem, que nenhuma sondagem previu (fazemos uma petição pública para acabar com as empresas de sondagens?).


Ó querido diário, desculpa, isto está tudo mal. Eu estava a escrever este texto tendo como verdadeiro o sonho que tive esta noite. Será que nunca mais ganho juízo?     

NÃO POSSO ESTAR SENÃO INDECISO, MAS UM INDECISO QUE VAI VOTAR NA CRUZ DA INDECISÃO.



Vivo com emoção e empenho de cidadania este momento.

Vivo-o assim porque este é o tempo que me foi dado viver, sinto a obrigação de participar nele.

A emoção não a posso pôr numa folha de “Excel”, quem a inventou, quem a usa, não considerou essa premissa.

O empenho que me leva à acção do dizer, é meu , é a força que remexe a acalmia da inacção, da aceitação do “não posso mudar nada, fico-me sossegado.”

Ouvi hoje num “forum” na radio, um ouvinte dizer que não vivemos numa democracia, mas sim numa “dinheirocracia”.

Concordo. Só sendo assim é que consigo encontrar resposta que me tranquilize para questões tão fundamentais da vida, cuja não resposta nos diários de campanha eleitoral, nem sequer desencadeia uma reacção – fanhosa que seja – dos concidadãos, porque andam cansados, desistentes, desacreditados.

Essas questões são: Emprego, educação, saúde, segurança social, justiça, equidade.

São temas que não se falam, temas de que se desconhecem propostas, assuntos aborrecidos e chatos.

Fala-se de dívida pública, défice, execução orçamental, contabilidade engenhosa do Estado, e todos da direita à esquerda (incluído os mancos) florescem em bonitos ramalhetes de discursos com resposta pronta para tudo: só que  números, são números, não têm sinónimos. Significam o que dizem e nada mais!

E dizem que este país tem sido governado pelo “arco e pelo arquinho” como um lupanar, que não deixa de ser uma palavra simpática para o que apetece realmente dizer.

E esta gente (essa abstração que é o povo), que há dias que parece mais alforreca que gente, aceita tudo, não questiona nada, só se queixa.

Nada mudará, talvez tudo se venha a complicar num pântano muito lamacento e turvo.

Mas sejamos realistas e sérios: nada poderia mudar porque não há novidade. Não apareceu ninguém novo, diferente, a pensar fresco e bem, com uma única proposta que faça sentido e não seja um devaneio populista.


Estamos como estávamos há dois séculos atrás e assim continuaremos, com a graça da nossa patetice endémica.

SEM VERGONHA

                                           TUDO BOA GENTE…

O Governo que há mais de quatro anos nos atormenta, sempre inovador e poupadinho, contratou, por cerca de 250 mil euros, um trabalho que até aqui custava zero aos contribuintes.
De facto, ao que o JN apurou, nunca o MAI se tinha recorrido a intermediários para a publicidade institucional referente às eleições. Todavia, como “apertar o cinto” é coisa só para papalvos, os “rigorosos” governantes deste desgraçado país decidiram  transformar em mais uma negociata para amigalhaços aquilo que habitualmente era feito por pessoal do ministério respectivo.
Assim, entregaram a “encomendinha” a uma tal “Media Gate” (nome bastante inspirador…), que, por sua vez, subcontratou a uma outra, chamada “Nova Expressão”, dado não se achar competente para a ciclópica tarefa, segundo o CEO…
“Engraçado” é que o patrão da primeira, “Media Gate”, já foi patrão da segunda, “Nova Expressão”, tudo boa gente alaranjada, como convém, não vá haver infiltrados de outras cores a querer dividir a mamata!
Dizia Ramalho Ortigão: “O país perdeu a inteligência e a consciência moral. Ninguém se respeita. Ninguém crê na honestidade dos homens públicos. Alguns agiotas felizes exploram. A classe média abate-se na imbecilidade e inércia. O povo está na miséria”.
Como abriria os olhos de espanto, se cá pudesse voltar agora, ao constatar como continuam válidas, tantos anos depois, aquelas incisivas palavras.


                                   Amândio G. Martins

POESIA

 ENTRE PINHEIROS E CIPRESTES

Entre pinheiros e ciprestes
Fundi em lágrimas os olhos…
Onde estais vós, almas celestes,
Que entre pinheiros e ciprestes
Em vão procuram os meus olhos?
Na terra fria aqui descansam
Os corações que tanto amei…
Mas os meus braços não alcançam
Na terra fria em que descansam
Os corações que tanto amei.
Às vezes ponho o ouvido atento
A ver se os ouço ainda bater…
Mas só me fala a voz do vento,
Sempre que ponho o ouvido atento
A ver se os ouço ainda bater…
Eles que sempre e a toda a hora
Tão nobremente palpitaram…
E já nem sombra resta agora
Deles que sempre e a toda a hora
Tão nobremente palpitaram!
Mas todo o amor, toda a bondade,
Que em vida as almas enobrece,
Torna a ser luz na imensidade,
Irradiação de amor, bondade,
Que em vida as almas enobrece…
E nessa luz, a alma que chora
Dum brilho augusto se ilumina,
Como uma esp´rança ou uma aurora,
Em cuja luz a alma que chora
Dum brilho augusto se ilumina…
E ao nosso olhar, de entre ciprestes,
Estrelas novas aparecem…
Sois vós talvez, almas celestes,
De entre pinheiros e ciprestes,
Essas estrelas que aparecem…

NOTA – Poema de António Feijó
Transcrito por Amândio G. Martins


segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Não se brinca com o interesse nacional!

São escassas as notícias que atualmente nos chegam veiculando razões a justificar o que, por  hábito,  se denomina pelo “levantar a moral das tropas”. O que vamos sabendo é, normalmente, o agravar da situação em áreas importantes e que “agridem” o quotidiano dos cidadãos, seja na economia, na saúde, na justiça, na segurança social, enfim, numa vasta lista que a todos (à esmagadora maioria dos portugueses) afeta e é causadora de uma generalizada desmotivação e apreensão quanto ao futuro.

Por isso, e numa confortante exceção à regra, a manhã estava a ser,  em termos noticiosos, no mínimo, simpática, menos sombria. Vejamos. Aumenta, significativamente, o número de turistas que nos visitam assim como  o valor dos seus gastos/dia. Sabe-se que Portugal é, além fronteiras, um destino de preferência privilegiada, em ritmo crescente. Sabe-se, igualmente, que está assegurada, até final de 2016, a realização de importantes congressos e reuniões de caráter internacional que vão trazer ao nosso país milhares de destacadas figuras de vários sectores de atividade de primeira linha. E que desses eventos podem resultar importantes investimentos e a criação de emprego.
Acresce que, no âmbito interno, a tendência é de subida das exportações e que Portugal, em muitos domínios do que produz e envia para um crescente número de países, é altamente cotado em termos  muito promissores e a garantir a solidez das suas fontes de escoamento.  Destaque para o mérito,  competência e trabalho árduo dos nossos Empresários.

Até aqui, como referi, a manhã estava a ser diferente, agradável e em sintonia com a excelência do tempo que temos usufruído. Mas, de repente, tudo se modifica e,  como por encanto,  regressamos às preocupações que, na circunstância, somos “presenteados” pela nossa classe política.
O maior partido da oposição, o Partido Socialista, divulga a intenção de votar contra o orçamento de Estado do futuro governo no caso deste não ser maioritário.
Não cabe aqui equacionar as graves consequências para o país, para a economia, enfim, para os portugueses, a tomada de tal posição. É de tal gravidade, a nível interno como internacional (os mercados e operadores financeiros já estão de olho em nós), que só temos de esperar, e desejar, o arrepio de tal intenção. Que seja, apenas, e só isso, a “estratégia” de colher os votos dos considerados indecisos. Mas mesmo que seja só isso, e apenas isso – ou outra similar -, apetece dizer: caramba, chega, tudo tem limites. Não brinquemos com aquilo que tem de ser sagrado, para todos, O INTERESSE NACIONAL!

Carlos Morais

EMBUSTEIROS


                         COMO SE TODOS FOSSEM DESTITUÍDOS…      
Aos que olham mais à estreiteza da conta que à largueza da vida, parafraseando o grande jesuíta António Vieira, apresentou há tempos o  JN o quadro dramático de uma viúva com sete filhos, dos quais só o mais velho já pode prover ao seu sustento, mas cujo rendimento foi usado como argumento para cortar aos irmãos o apoio que recebiam!
A imagem daqueles corpos franzinos e rostos tristes, que, sem ponta de demagogia, são uma amostra concreta do que tem vindo a ser feito ao país nestes últimos anos, deveria tirar o sono a qualquer governante decente, se fôssemos governados por gente com vergonha na cara. O quadro dramático representado por aquela senhora e suas crianças, que também vive sob ameaça de lhas tirarem, é um chocante postal de “incentivo” à natalidade.
Entretanto, tomando-nos a todos por mentecaptos, os megafones da propaganda governamental aturdem-nos a todo o momento com o “feito” de terem tirado o país da “bancarrota”, quando é evidente que, depois do esbulho aos que menos têm, ainda cometem a proeza de passar a dívida pública para montantes astronómicos, a coisa nunca esteve tão rota como agora…
De facto, por mais que os  demagogos sem escrúpulos nos tentem impingir as suas patranhas, prometendo que agora sim;  agora, que puseram o país no bom caminho, é que vão olhar pelos mais frágeis, isso não vai mudar em nada a negra realidade de milhões de portugueses, que vai continuar negra, por muito que caiam na esparrela de lhes dar o voto. É que não é da natureza desta gente governar com competência e equidade, tocando nos privilégios da casta de onde são oriundos.E cabe aqui perguntar de onde terá vindo o dinheiro que tanto apregoam ter atafulhado os cofres, e se não vai ser preciso pagar a quem permitiu enchê-los…

domingo, 27 de setembro de 2015

O VOTO NA REVOLUÇÃO

Esses indivíduos como Passos, como Portas são mesmo uns copinhos de leite imbecis e são lá postos por um bando de cegos, como já dizia William Shakespeare. Esses imbecis seguiram sempre uma carreira calculada, ordeira, nunca apanharam uma verdadeira bebedeira, nunca estiveram no céu nem no inferno. Daí que sejam desprezíveis, pequenos, que se limitam a falar o economês e a fazer intriga política. Servem os seus senhores de Berlim, de Bruxelas, de Wall Street. Servem o capitalismo que atropela, a corrida de todos contra todos, a desumanidade. Um voto no PCTP/MRPP, pelo contrário, é um voto que não aceita, que não se submete, que chama os bois pelos nomes. Um voto no PCTP/MRPP é um voto na liberdade livre, contra a exploração e a escravização, é um voto no novo mundo que aí vem. Um voto no PCTP/MRPP é um voto na revolução.

Um lapso dos partidos políticos!

Na multiplicidade de iniciativas que os partidos políticos estão a levar a efeito,  por todo o país, enquadradas na mensagem que pretendem levar aos portugueses,  visando “caçar” o seu voto para as próximas eleições legislativas, não foi incluída (pelo menos até ao momento), uma que assinale de forma significativa o que TODOS afirmam ser o que os norteia:  a dedicação aos cidadãos, a defesa dos seus interesses e a partilha dos seus problemas e das suas angústias bem como evidenciar a carência generalizada em tudo o que à sua saúde diz respeito. Há mais, muitas mais lacunas que atingem milhares e  milhares de portugueses. Foquemo-nos, agora e apenas, numa situação bem atual e quanto dramática como desumana.

Na passada semana a comunicação social, escrita e televisiva,  fez eco da penosa espera, a partir do final da tarde do dia anterior, até à abertura dos Serviços, na manhã do dia seguinte, de longas filas para atribuição de uma senha destinada a um exame médico – o que acontece, pasme-se, trimestralmente. Durante as longas horas suportadas ao relento, faça chuva, frio, trovoadas ou outras intempéries, as largas dezenas de cidadãos (quais escravos da injusta sociedade em que vivemos),  muitos de idade avançada, outros com deficiências diversas aguardam mas, ao mesmo tempo, angustiados na perspetiva  de, quando chegar a sua vez, JÁ NÃO HAVER MAIS SENHAS.  Na circunstância, então,  nada mais lhes resta do que voltar a viver o mesmo drama no próximo “bodo aos pobres” que o Ministério da Saúde venha a atribuir. E assim sucessivamente.

Aqui chegados, feita a descrição desta triste realidade, perguntamo-nos:  então não seria  importante, como significativa, a presença dos  partidos durante as longas horas de martírio de tantos portugueses e eleitores, demonstrando o que defendem em teoria  e viver com eles uma ACÇÃO DE CAMPANHA ?  Será que nenhum partido se lembrou desta situação, ou a mesma é tida como pouco significativa (leia-se fraca na recolha de votos) ou, então, que a mesma encerra um “sacrifício” (são longas horas de penoso desconforto) e, o melhor, será ignorar ?   
Por favor, que responda quem souber. Ou quiser, se for capaz!

Carlos Morais

Convite



Antevendo a próxima FEIRA DA MAÇÃ, a ter lugar em ARMAMAR nos dias 23, 24 e 25/10, acabei de fazer estas cinco simples quadras, acerca do referido evento e não só àquele:

A nossa bela maçã
Dita que é ‘da Montanha’
Dá-nos uma vida sã
E uma força tamanha.

Tem feira anual
Na Vila de Armamar,
Onde já é natural
A maçã se degustar.

Existem outras riquezas
No Concelho de Armamar:
As suas naturais belezas
E recantos de encantar.

A sua gastronomia
Tem prato célebre e ímpar:
O nome de tal honraria
É ‘o cabritinho de Armamar’.

Com um néctar da região
Tal repasto a acompanhar
A grande aflição
É a mesa abandonar!


José Amaral


Lá se vai um milhão de euros por hora



Dia em que não leia, não é dia para mim. Não quero dizer que leio obras de grande apuro intelectual, para fazer citações para ‘encher o olho’, ou para satisfação do meu ego umbilical.
Leio simplesmente algo, bem como a comunicação social diária e ouço parte que os meios audiovisuais a todos proporcionam.
Enfim, tento viver o meu dia-a-dia tomando consciência daquilo ou daqueles que me rodeiam e me condicionam, para o bem e para o mal.
E, agora, que a campanha eleitoral está ao rubro, tento esquecê-la, para não voltar a ser traído.
Todavia, iniciei este pequeno texto para a todos comunicar que li que o ‘nosso’ défice orçamental aumenta ao ritmo de um milhão de euros por hora – quase a velocidade da luz –.
Assim, pergunto: qual a nação que pode resistir a tanto sangramento, a fim de sustentar tanta delapidação pública? E o que fazer para se inverter radicalmente tão deficitária e incomportável situação?


José Amaral

Portas, Calígula e Salazar

Vasco Pulido Valente é homem de bengaladas. Distribui regularmente bordoadas às sextas, sábados e domingos nas páginas do Público, naquele seu estilo blasé iluminado o que, na maior parte dos textos, até é divertido, por vezes enfadonho.


No último domingo, analisando o comportamento dos putativos candidatos a primeiro-ministro, desfere umas quantas estocadas em António Costa fazendo humor com o facto de este ter desenterrado a questão dos submarinos afirmando que é caso com 20 anos e, como tal, tão digno de “desenterranço” como “os crimes de Calígula ou os pecados de Salazar”. Fiquei a matutar no assunto. 

Uma verificação rápida indica que a aquisição de dois submarinos da classe Tridente foi realizada em 2004 pelo XV Governo Constitucional de Portugal que tinha como líder Durão Barroso e Paulo Portas na qualidade de ministro de estado e da defesa nacional. Ora, como é fácil verificar, não passaram 20 anos sobre este negócio mal explicado e com contornos obscuros que põem em causa a honestidade institucional dos envolvidos. Não sei o que terá levado Pulido Valente a lembrar-se de Calígula neste contexto, já a referência a Salazar me parece mais compreensível. Seja como for, seria de esperar um pouco mais de rigor nas datas, não fosse Pulido Valente historiador e ensaísta de renome cá na parvónia. Será a passagem do tempo factor higiénico capaz de limpar e redimir toda a porcaria? 

Paulo Portas nunca explicou decentemente o que se passou nesta história nem revelou quem é o tal benemérito misterioso, Jacinto Leite Capelo Rego, entre outros implicados no Caso Portucale. Telmo Correia, Carlos Costa Neves e Luís Nobre Guedes (exemplos de uma aliança PSD/CDS) também enrolam a língua e ficam corados quando se lhes fala do caso; há por ali muita confusão e meias verdades que soam a mentiras completas. Será esse tema deslocado no contexto da campanha eleitoral que agora decorre? Segundo Pulido Valente, que tantas vezes desenterra a história portuguesa do século XIX para nos explicar as suas visões do presente, interessa tanto como os pecados de Salazar. Podemos confiar em Paulo Portas e nos seus rapazes para integrarem um elenco governativo pois o que lá vai, lá vai, irrevogavelmente? Estou confuso. 

Talvez seja tempo de passar a usar a bengala exclusivamente na sua função de terceira perna. Levantá-la pode causar desequilíbrios e vertigens.

Carta enviada à Directora do Público

PORTUGAL É BICAMPEÃO DO MUNDO DE HÓQUEI EM PATINS DE SUB-20

Imagem intercalada 1



A VII Edição do Campeonato do Mundo de Hóquei em Patins Sub-20 ou mais propriamente também CIRH U1-20 World Cup, que foi disputado enltre os dias 19 e 26 de Setembro, em Vilanova i la Geltrí, que é um município de Espanha na província de Barcelona, na comunidade autónoma da Catalunha, no qual teve lugar esta VII Edição, tendo contado com as participações das selecções, que ficaram englobadas nos seguintes grupos e com as seguintes classificação nesta primeira fase:
Grupo A - Portugal - Suiça - Angola - E.U.A.
Grupo B - Espanha - Colômbia - Alemanha - Inglaterra
Grupo C - Argentina - Chile - Egipto - África do Sul
Grupo D - Itália - França - Andorra - Índia     
A participação da selecção de Portugal nesta primeira fase, desta competição foi positiva tendo alcançado os seguintes resultados:
Com a   Suiça     5-1
Com os E.U.A. 17-0
e com Angola  5-0
Nos quartos-final, vitória frente à Colômbia por 3-0, e nas meias-finais, vitória sobre a Itália por 2-1, após prolongamento.
Ontem sábado, na final da competição e no confronto com a anfitriã a Espanha, Portugal sagrou-se bicampeão do Mundo de hóquei em patins no escalão de sub-20, após bater a Espanha 3-2 nas grandes penalidades, depois de 1-1 no final do prolongamento.
Assim Portugal repete os êxitos obtidos na I Edição em 2003, onde se sagrou campeão do Mundo, que foi efectuada em Montevideu (Uruguai). Na VI em 2013, competição efectuada em Cartagan e da Índias (Colômbia), segundo título. E finalmente este sábado na VII Edição disputada em Vilanova i la Geltrú (Espanha), Portugal revalida o título de campeão do Mundo, juntando ainda os 2º. Lugares nas seguintes edições: Na III Edição em 2007, que foi disputada em Santiago do Chile, onde obteve o 2º. Lugar. Na IV Edição em 2009, que foi disputada em Bassano del Grappa (Itália), de novo obteve o 2º. Lugar. Na V Edição em 2011 e disputada em Barcelos, Portugal de novo alcança o 2º. Lugar.
Mais uma grande vitória a nível mundial e a subido ao pódio mais alto de uma das mais consagradas modalidades, como é o hóquei em patins.

(Texto-opinião, publicado na edição online, secção "Escrevem os Leitores" do Jornal RECORD   de 27 de Setembro de 2015)

Mário da Silva Jesus

O voto útil


O voto útil será no PS ou na coligação PSD/CDS? Será em quem conduziu o país à situação calamitosa em que se encontra? Ou será na força política à esquerda do PS, que,de longe, tem maior implantação em todos os sectores da vida nacional e que pode, reforçando-se, “obrigar” o PS a guinar à esquerda? Passos e Costa pedem maioria absoluta. Se o primeiro o conseguisse, alguém pensa que este povo iria alargar o cinto? E o PS iria querer renegociar a dívida?Não se submeter ao Pacto Orçamental?À ditadura do déficit? aumentar os impostos aos que continuam a ter lucros fabulosos? António Costa, diz que mesmo com maioria absoluta ouvirá toda gente. Não duvidamos! Mas para quê? Evidentemente para, como nessas condições o poderá fazer, impor a sua posição. Mas, se a tal força política à sua esquerda subir, e bem,o líder do PS mandará Jerónimo dar uma volta ao bilhar grande, ou irá ouvi-lo com toda a atenção?
Francisco Ramalho

Corroios, 27 de Setembro de 2015

sábado, 26 de setembro de 2015

Praxes académicas



As praxes académicas são um modo de integrar os alunos no mundo académico.
E tudo deveria ser feito numa saudável vivência entre os que já lá estão e os verdes caloiros que chegam para aprenderem mais e ajudar a sociedade a evoluir.
Mas, afinal, o que vemos? Espécies de marginais a incutirem nos que chegam práticas abjectas e que raiam a mais pura estupidez comportamental, que têm levado à morte.
Muitos desses estudantes, que dão instruções letais de praxes académicas, deveriam, isso sim, estarem em estabelecimentos correccionais, a fim de se saberem comportar na sociedade estudantil onde se inserem.

José Amaral


PEDALANDO...



                                         IRRESPONSABILIDADE

O excesso de facilidades exigidas para os ciclistas, pretendendo isentá-los de qualquer responsabilidade quando da sua imprudência resultem acidentes, e permitindo que circulem em qualquer via, passeios incluídos, como se fossem um rebanho de cabras, são uma completa estupidez.
E faz todo o sentido o que disse há tempos um responsável pela fiscalização de trânsito; se um cão que provoca um acidente acarreta responsabilidades para o dono, como é que um ciclista, na mesma situação, poderá sobrecarregar as vítimas com os danos que provoca?…
Na sua caminhada diária na ecovia, o autor deste escrito já esteve várias vezes a centímetros de ser “cilindrado” por ciclistas que lhe aparecem em curvas em despique criminoso, à revelia de todos os regulamentos afixados em cartazes bem visíveis, numa via que é feita para as pessoas andarem tranquilas.
O que dizem sobre isto alguns “libertários” insere-se na mesma bagunça com que é tratado o caso dos cavalos garranos, belíssimos animais lançados aos montes e ali ficando noite e dia, por tempo indeterminado, multiplicando-se em ambiente selvagem, sem qualquer referência aos donos.
 Quando a comida escasseia galgam as encostas, atravessam estradas em louca correria e descem aos povoados, provocando acidentes e dizimando culturas, nunca aparecendo quem assuma os prejuízos, do que resulta alguns destes animais serem abatidos a tiro e ficarem apodrecendo até que a “fedentina” obrigue alguém a enterrá-los!

                                               Amândio G. Martins



Rude golpe na Justiça portuguesa

A já fragilizada justiça portuguesa acaba de sofrer mais um rude e lamentável golpe. E, naturalmente, também a nossa democracia fica abalada (mais abalada) com ocorrências reveladoras, se nada vier a ser  retificado, de uma impunidade confrangedora. Vamos aos factos.

O juiz Rui Rangel, membro do Tribunal da Relação de Lisboa, participa regularmente num programa promovido por uma das nossas cadeias de televisão. Recentemente, num dos seus programas, aquele magistrado proferiu fortes críticas à forma como, no seu entendimento, estava a ser conduzido todo o processo que envolve o ex-primeiro ministro José Sócrates. Confirmou, aliás, outras suas anteriores  declarações – do mesmo cariz -, reforçadas pelas fortes críticas à investigação do Ministério Público e, também, ao juiz Carlos Alexandre.  As suas análises críticas, sempre na defesa de José Sócrates, vai ao ponto de contrariar (entenda-se criticar)  a  própria Relação de Lisboa a que pertence.

Se o juiz Rui Rangel participa no citado programa é porque tal facto não belisca com as funções que desempenha no Tribunal da Relação de Lisboa. Aceitemos. Debater publicamente, num canal televisivo,  matérias que ocorrem, em termos processuais, na sua própria Relação, pode não ser, no mínimo – no mínimo, reforço -, ético. Legal será, porventura, pois caso contrário teria sido, em devido tempo, alertado para a ilegalidade da situação.

Agora, isso sim, o que não é aceitável, nem ético, nem legal (talvez), é ser o juiz Rui Rangel, por indicação superior e/ou por sorteio, o escolhido para deliberar sobre o caso,  (podia solicitar escusa),  e sobre o mesmo tomar decisões que, naturalmente, correspondem ao que sempre tem vindo a defender. É incompreensível como tal acontece, facilmente aceitável a surpresa e repercussão sentidas na opinião pública e, naturalmente, os efeitos causados no desprestígio na já tão fragilizada justiça portuguesa. E, acresce naturalmente,  por não menos importante, na democracia portuguesa.

Carlos Morais

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

O pescador


O pescador pesca sardinha
O mondador arranca erva daninha
O padeiro coze o pão
O ferrador crava a ferradura.
E eu com o que tenho à mão
Faço rimas sem cessar
Expulsando a amargura
Deste pobre versejar.

Afurada, 25/9/2015

José Amaral

Vida saudável



Um verdadeiro doente
Não usa um expediente
Para estar doente.

Pode ser um paciente
Assaz intermitente
Enquanto estiver doente.

Quando temos saúde
Não sabemos o Bem
De tão divina plenitude.

A vida saudável
Do corpo e da mente
Dá viver agradável
A ti e a toda a gente.

Afurada, 25/9/2015

José Amaral

Uma simples flor


Uma simples flor
No meio de tanto horror
É sempre uma flor.

Um fuzil apontado
Mesmo não disparado
Semeia em ti o terror.

Mas a Mãe Natureza
Maltratada, com certeza,
Faz despontar uma flor.

Portanto, bane o terror,
Semeia paz e amor:
Oferece uma flor.

Leça da Palmeira, 25/9/2015

José Amaral


EM VERSO

EM CIMA DO MURO

.
Ser livre para votar
Sem se deixar enganar
Não é fácil decisão
Esta má democracia
Indecente oligarquia
A muitos sonega o pão.
A esperança que havia
Sonhos de democracia
Transformados em miragem
Com os principais partidos
Sendo em muitos sentidos
Escolas de malandragem.
Políticos sem vergonha
Disfarçando muita ronha
À procura de penacho
Prometem ao povo tudo
Enganando meio mundo
Até garantir o tacho.

 povo de pouca instrução
Mas com enorme coração
Acredita na patranha
Levam-no a passeatas
Com grelhados/sardinhadas
E julga que também ganha.
Sem perder a esperança
Ansioso de mudança
Que mitigue as amarguras
Cai sempre na esparrela
De entrar numa novela
De infindas imposturas
Casa onde não há livros
Esses dilectos amigos
Com quem tudo se descobre
Pode estar cheia de jóias
Ser rica de muitas coisas
Mas é casa muito pobre.




quinta-feira, 24 de setembro de 2015

OS MUROS CONTÊM DE FORA PARA DENTRO, OU DE DENTRO PARA FORA?

Estou muito contente e aliviado por a Hungria ter construído um muro a envolver todo ou quase todo, o seu perímetro.
Contente por mim que assim não volto lá tão cedo: sou meridional e o tom da minha pele saudavelmente bronzeada poderia trazer dissabores, apesar do bilhete de identidade identificar-me como europeu, cristão crismado e cumpridor das obrigações comunitárias.
 Contente porque os habitantes locais com mau feitio e ideias enviesadas, não vão poder sair desse sítio maravilhoso, de boa vizinhança, e invadir a minha privacidade visitando-me sem que os tenha convidado.
Contente porque o meu governo vai receber setenta milhões de euros para alimentar e cuidar umas migalhas de milhares de refugiados que andaram não sei quantos meses a calcorrearem não sei quantos de milhares de quilómetros para acabarem num sítio sem dúvida lindo e solarengo, mas igualmente mal avizinhado de gentes apáticas e sonsas e líderes finórios.
A primeira coisa que eles vão fazer quanto chegarem é começar a organizar a sua nova fuga (vão ver que ainda vamos ter muros de arame farpado na fronteira com a Espanha)
 Aliviado porque os refugiados que não são emigrantes por capricho mas por necessidade de sobrevivência, já não podem lá entrar e poupam-se a aguentar a última dose de vexame depois das aventuras divertidíssimas que viveram no longo passeio que fizeram com os amigos, desde que saíram dos esplêndidos e arejados apartamentos onde viviam, com vista para ruínas clássicas, antes de se lhes ter dado o capricho, de se porem todos a caminho.
Aliviado porque as autoridades húngaras contêm assim as hordas bárbaras, facínoras, assassinos terroristas do estado islâmico, que a coberto do disfarce de pobres e ingénuas criancinhas que fingem que choram e que estão esfomeadas de pão e de ternura, pretendem vir a semear o terror e o caos neste nosso paraíso europeu, fraterno, igualitário e absurdamente livre.
Agradeço muito ao governo húngaro o facto de nos dar o gosto de pertencerem à nossa bela união europeia e ao facto de serem agora os guardiões da nossa fronteira democrática.
Envio o meu voto de apreço e muita – mesmo muita – compreensão, ao povo que os elegeu, que ou se enganou ou estava bastante distraído.
Despeço-me desejando augúrios aos líderes europeus e aos motoristas que os transportam do aeroporto a caminho das suas reuniões de consenso no palácio da Europa em Bruxelas, pelos conselhos e confidências (dos motoristas), que eles depois seguem fielmente (os líderes) e a seguir dá no que tem dado.

Lá para Dezembro, vamos ter fotografias belíssimas de criancinhas todas congeladas e hirtas, algures numa planície qualquer, em trânsito para o paraíso. 

Para combater o desemprego, é necessário mudar!

PARA COMBATER O DESEMPREGO, A SÉRIO, é necessário acabar com a política da direita e de direita, que nos tem sido imposta nas últimas dezenas de anos, pelos partidos do chamado arco de governação..
No dia 4 de Outubro, temos a oportunidade de votar e lutar para que tal aconteça...
E igualmente acabar com ridículos anúncios de propaganda, de diminuição decimal do desemprego estatístico, como aconteceu há dias...
O governo PSD/CDS insiste em pretender continuar... talvez para ter a oportunidade de acabar com o desemprego estatístico... que mesmo ao seu propagandeado ritmo decimal, levaria mais de cinquenta anos...
Para combater o desemprego, a sério, é mesmo necessário mudar!

Os banqueiros de outrora e os de hoje


'Ó gente da minha terra, há muito que percebi’ que os bancos de outrora tinham donos, patrões, enquanto os de agora – muitos deles – têm tido nas cúpulas malfeitores de toda a espécie, gozando e delapidando o nosso dinheiro, em particular, e dando cabo do país, em geral.
E, acerca deste continuado e já habitual roubo dentro das próprias instituições, dou a conhecer-vos um poema acróstico que dediquei postumamente ao fundador do BPA –Arhur Cupertino de Miranda –, falecido pelas 20,00 h do dia 13 de Julho de 1988, em Lisboa, porque penso que nessa outrora os banqueiros, na generalidade, eram autênticos ‘meninos de coro’ face  à comandita de malfeitores que têm  infestado a Banca de hoje.
Este meu poema foi publicado no jornal interno ‘o banco’, nº 63/1988 de Junho/Setembro, e posteriormente no livro colectivo ‘Os Leitores Também Escrevem’, dado à estampa em 2013 pelas Edições Vieira da Silva, Lisboa.

Homenagem acróstica

Arthur Cupertino de Miranda
Recorreu ao sono eterno de qualquer mortal,
Tendo na vida terrena feito obra sem igual,
Honrando e elevando Portugal,
Uniu tanta gente em seu redor,
Redobrou a obra, tornando o BPA maior.

Conheceu vicissitudes iguais a muitos,
Uniu forças com tenaz pertinácia,
Pelejou, ultrapassou barreiras invejáveis
E, assim, com a sua argúcia e audácia
Retemperou o que cimentando contruiu,
Tendo em seu redor pessoas muito hábeis,
Iniciadas na obra que cada vez subiu
No espaço-planeta que temos,
Onde tudo construímos e tecemos.

Deste Homem que agora se foi
Em périplo cósmico espiritual,

Manancial para gentes d’agora,
Indo ’beber’ o que também outrora
Realmente havia no pulsar d’alguns,
A tentar elevar o que pouco no começo era,
No exemplo verdejante da vistosa hera,
Dando forma ao sonho-estratégia acalentado,
À realidade próspera do sonho-realidade sonhado.


José Amaral