terça-feira, 14 de novembro de 2017

“Currente calamo”


Falavas-me em oportunidade
A mim que nunca fui oportunista
Sempre quis cultivar a minha alpista
Inventar a minha realidade...

Voar para bem longe da cidade
E fazer a minha própria conquista
Poder estender ao largo a vista
Eis o que chamo de felicidade.

Viver engaiolado para sempre
Era uma coisa tão deprimente
Que sequer a podia imaginar.

Não chega quarto com larga janela
Nem boa cama para dormir nela
Sem um horizonte para respirar!



Amândio G. Martins

2 comentários:

  1. Belo poema, com nota artística e profundo conteúdo. Parabéns ao Amândio.

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  2. Vindo esta apreciação do senhor Tapadinhas, até acredito que a coisa tenha algum conteúdo poético. Todavia, eu próprio sou mais pessimista... Como quer que seja, Obrigado!

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