Gestão e relações humanas
O impacto do fraco desempenho de trabalhadores que sofrem de
“stress” e ansiedade é cinco vezes maior que o do absentismo, diz –se no caderno “Dinheiro Vivo” do JN. É sabido que
o trabalho é bom para a saúde, mas só quando as pessoas fazem aquilo que
gostam, porque os maus empregos acabam com a saúde e a vida.
Estudos recentes da Organização Mundial de Saúde mostram que
os maus trabalhos prejudicam a saúde física e mental, sendo a depressão e a
ansiedade as duas doenças mentais mais comuns no contexto de trabalho.
Um recente inquérito da União Europeia mostrou que o
“stress” é uma preocupação em 80% das empresas, mas apenas 30% têm forma de
lidar com ele; chamam “presentismo” à situação do trabalhador que está presente
fisicamente, mas longe nos pensamentos e emoções, situação que afecta
fortemente o rendimento do trabalho.
No nosso país é muito frequente ouvir os empresários justificar
os baixos salários com a baixa produtividade, mas nas organizações onde tudo
está no seu sítio e cada um faz aquilo que lhe compete, não há problemas de
produtividade; claro que se patrões e chefes passam o dia a berrar e a insultar
trabalhadores, criando eles próprios um ambiente tóxico, como se poderá
produzir bem assim...
Amândio G. Martins
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