terça-feira, 6 de março de 2018


Crítica à autoridade dos Antigos - Pascal


“O respeito que se tem pela Antiguidade é hoje a tal ponto que se fazem oráculos de todos os seus pensamentos, e mistérios até das suas obscuridades; que não se pode já afirmar nada de novo sem perigo, e que o texto de um autor basta para destruír as mais fortes razões...

Não é minha intenção fazer qualquer crítica aos autores antigos. Eu não pretendo banir a sua autoridade para realçar apenas a razão, ainda que, por vezes, se queira impor a autoridade contra a razão.   (...)

Moderemos este respeito que temos pelos antigos. Nós podemos descobrir coisas de que eles não podiam aperceber-se. Todos os sábios que se sucederam ao longo de tantos séculos devem ser considerados como um só homem que subsiste sempre e aprende continuamente.

Aqueles que nós designamos por “antigos” foram verdadeiramente novos em todas as coisas, e constituíram, na realidade, a infância da Humanidade”.

Nota - Fragmentos de um tratado sobre o vazio


Amândio G. Martins







2 comentários:

  1. Lá vai o Amândio Martins ter que mudar de pseudónimo...

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  2. Não, não vou mudar; mas também não sei muito bem qual a utilidade deste apêndice...

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