domingo, 20 de maio de 2018

A TÃO DESCONHECIDA AMMAIA





No Parque Natural da Serra de S. Mamede, mais concretamente no belo Vale de Aramenha, encontram-se as ruínas e demais vestígios daquela que foi uma importante cidade do Império Romano, Ammaia. No seu auge, por volta do século III DC, calcula-se que a sua população chegou às 6 mil almas. Quase o dobro do concelho onde se situa, Marvão.
Dos 25 hectares que ocupava, apenas 2% dessa área está explorada. Mesmo assim, é rico e interessantíssimo o espólio. Para além de inúmeras moedas, estatuetas, loiças, adornos pessoais, sarcófagos, almudes, etc., uma das coisas que impressiona é saber-se que naqueles tempos tão longínquos, já ali se fabricava e moldava vidro. As belíssimas taças, e jarras expostas, assim o confirmam.
Situada no eixo Lisboa Mérida, Ammaia, foi um importante entreposto comercial da Lusitânia. E é hoje um valiosíssimo documento vivo da nossa pré-história e do Império Romano. Lamentavelmente, tão pouco conhecido!
Um grupo de 54 alunos e professores da Universidade Intergeracional do Concelho de Almada (UNICA), visitámo-la há dias. Dos 54, a grande maioria, nunca, nem sequer tinha ouvido falar nela. E não somos, de certeza, exceções a nível nacional.
Administrada pela “Fundação Cidade de Ammaia”, cujos membros são a Câmara Municipal de Marvão, a Direção Geral do Património Cultural (DGPC), as universidades de Évora e de Lisboa e o comendador Rui Nabeiro, nomeadamente, a CM de Marvão, até como elemento potenciador turístico, será que está a fazer o que lhe é possível para a sua divulgação? E a DGPC? O Sr. Ministro da Educação e Cultura, já solicitou ao seu colega que superintende no grupo RTP para que os seus canais televisivos e de rádio, suprimam uns minutos aos intermináveis comentários, análises e palpites sobre futebol, e divulguem aquela ( e outras) preciosidade histórica?
Aqui ficam as perguntas e o nosso modesto contributo para a sua divulgação.
Francisco Ramalho
Corroios, 13 de Maio de 2018




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